_Atibaia
_Jaguari
Represas
_Salto Grande
Lagos
_César Bierrembach (João Aranha)
_Santa Terezinha
Tudo sobre a cidade de Paulínia.
Os vereadores aprovaram nesta segunda-feira, por unanimidade, o projeto de lei que autoriza o prefeito José Pavan Júnior (DEM) a subsidiar em R$ 1,30 a tarifa do transporte coletivo municipal, hoje em R$ 2,30. A regulamentação do subsídio, segundo a Prefeitura, deve ocorrer em até 30 dias após a publicação da lei, prevista para a próxima semana. A partir da data, o usuário pagará R$ 1,00 pela tarifa do transporte coletivo. Para o Município, a medida custará R$ 7 milhões somente este ano.
Com a aprovação do subsídio, estima-se que a quantidade de passageiros possa retornar ao menos ao patamar anterior ao último reajuste da tarifa, quando uma média de 424 mil usuários mês utilizava o serviço. Portanto, conforme justifica o prefeito, a iniciativa é de alto alcance social, pois deve beneficiar toda a população paulinense. Hoje, com a passagem a R$ 2,30, somente 162.442 passageiros/mês em média usufruem o transporte coletivo em Paulínia. Porém, como comentou o vereador Custódio Campos (PT) durante a sessão, esse número deverá ser ultrapassado, chegando a aproximadamente 600 mil usuários/mês.
Agora, o projeto de lei retorna ao Executivo, onde será regulamentado para que possa ser posto em prática o mais rápido possível. Porém, antes, é necessário que a concessionária responsável pelo transporte coletivo na cidade faça algumas mudanças nos ônibus, como por exemplo, a inserção de catracas eletrônicas, além de colocar nas ruas oito novos ônibus adaptados para receberem passageiros que apresentem alguma deficiência física. O prazo para que todas essas mudanças aconteçam é de 180 dias.
Vereadores comentam o projeto
Vários vereadores presentes na sessão aproveitaram a oportunidade para comentar sobre o projeto de lei que estava sendo votado. Marquinho da Bola (PTB) disse que mesmo no começo do mandato, um projeto tão importante para a população já foi votado, o que mostra o comprometimento da administração atual com a cidade.
Dr. Gustavo Yatecola (PSDC) comentou que estudos serão realizados pela cidade referentes aos itinerários e horários dos coletivos. Muitos moradores não conseguem se locomover de um bairro para o outro por falta de linhas de ônibus. Precisamos que essas linhas sejam criadas, disse. Jurandir Matos (PMDB) abordou o mesmo tema, e afirmou que os ônibus precisam ir onde o povo precisa. Além disso, parabenizou o Executivo pela idealização do projeto. Em menos de 45 dias, um projeto dessa magnetude já foi aprovado. Quem vai ganhar será toda a população
O vereador Antonio Miguel Ferrari (PP) apontou que, além da prefeitura e vereadores, fazerem seu papel, a concessonária também precisa se adequar. Já recebi várias reclamações quanto a falta de qualidade dos ônibus e pela alta velocidade. Porém, não podemos fazer nada a respeito, afirmou.
Custódio Campos (PT) também parabenizou o Executivo e disse que o novo projeto veio para corrigir erros realizados anteriormente. Quando a passagem subiu de R$1,30 para R$2,30, em maio de 2007, muitos usuários simplesmente deixaram de utilizar o serviço”. Para o vereador, com a queda no preço, muitas pessoas voltarão a usar os ônibus para suas atividades. “Na época, a concessionária elevou o preço em mais de 60% para poder ter mais lucro. Mas com menos pessoas utilizam o serviço, o aumento no lucro foi de apenas 9%”, explicou.
Fransciso Almeida Bonavita Barros (PMDB) disse que, por várias vezes, a concessionária tentou elevar o preço da passagem, mas o ex-prefeito segurou todos esses aumentos no transporte. O vereador ainda finalizou com um exemplo de economia. “Uma família de quatro pessoas que se utiliza dos ônibus para, por exemplo, ir trabalhar e depois voltar para casa, vai economizar mais de R$300,00 ao mês”.
A vereadora Siméa Zanon (PSDC) comentou que os serviços públicos pagos pela população precisam ter tarifas justas, principalmente levando em consideração o momento econômico pelo qual todo o mundo está passando.
Com a instalação de um dos maiores pólos petroquímicos da América Latina, Paulínia teve seu desenvolvimento acelerado que encaixou-se de forma harmoniosa aos esforços de um perfeito planejamento.
Além de benefícios como transporte municipal, serviço médico, odontológico, obras sociais, escolas e moradias, seus moradores são unânimes em afirmar que a cidade foi contemplada pela abundância do verde e flores que se fazem presente nas ruas, praças e parques, formando um ecossistema de milhares de exemplos de flora, fauna e fonte de águas minerais que proporcionam ao visitante um constante e agradável convívio com a natureza.
Dentro de um raio de 200 km a partir de Paulínia, situam-se cidades como: São Paulo, a capital do Estado, Santos, Campinas, Piracicaba, Americana, Limeira, Rio Claro e São Carlos. Ainda dentro desta área, há que se destacar o Aeroporto Internacional de Viracopos, que possui um dos mais importantes terminais aéreos de carga do país. Nesta pequena fatia do Estado de São Paulo, é gerada a parte mais importante do produto nacional bruto do Brasil.
Por volta de 1880, houve um intenso movimento entre fazendeiros da região visando a construção de uma estrada de ferro, que viesse facilitar o escoamento da produção agrícola das fazendas, enormemente prejudicado pela presença dos rios Atibaia e Jaguari, que dificultava sobremaneira a comercialização dos produtos. Esse movimento culmina com a aprovação de empréstimos para a construção da Cia. Carril Agrícola Funilense, ligando Campinas à Fazenda do Funil. Iniciam-se nessa mesma década, vários projetos de imigração, visando substituir a mão de obra escrava, recém-liberta, por estrangeiros que, fugindo da miséria da Europa, buscavam no Brasil novas chances de sucesso. Imigrantes, na maioria italianos, começam a chegar a Paulínia para trabalhar nas fazendas por volta de 1887. A chegada dos imigrantes e a inauguração da Estrada de Ferro (em 18/09/1899) estabeleceram uma nova ordem econômica e social no bairro de São Bento, mesclando aos costumes dos habitantes das fazendas novos hábitos, músicas, cultura e religião.
Em 18 de setembro de 1899, foi inaugurado não só o trecho carroçável da Cia. Carril Agrícola Funilense, mas também as várias estações ao longo do percurso, todas elas recebendo nomes de diretores e membros da própria Companhia: "Barão Geraldo", "José Paulino Nogueira", "João Aranha", "José Guatemozin Nogueira" e "Artur Nogueira", dentre outras que levaram o nome da fazenda onde estavam situadas: "Santa Genebra", "Deserto", "Santa Terezinha" e " Engenho". Obviamente, os bairros onde estavam essas estações foram sendo conhecidos pelos mesmos nomes. Surge, assim, a vila "José Paulino". Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-lei 14334, a vila de "José Paulino" foi elevada à condição de Distrito, com o nome de PAULINIA.Esse Decreto impedia que localidades usassem nomes de pessoas. "Cosmópolis", no mesmo ato, foi elevado à condição de município; "Rocinha", elevado a município com o nome de "Valinhos"; "Rebouças" elevado a vila com o nome de "Sumaré" e "Arraial dos Souzas" elevado a Vila com o nome de "Souzas".
Desde 1942 Paulínia vinha aumentando a arrecadação de impostos para Campinas devido à implantação, naquele ano, de uma unidade da Rhódia Indústrias Químicas e Têxteis. Essa empresa, pioneira na cidade, alterou consideravelmente a economia não só do Distrito, mas de toda a região. Em 1956 chega a Paulínia o funcionário aposentado da Assembléia Legislativa do Estado José Lozano de Araújo. Consciente do potencial econômico do Distrito, funda a entidade "Amigos de Paulínia" e arregimenta vários homens das famílias mais antigas do local. Começa um movimento emancipatório que culmina com um plebiscito realizado em 06 de novembro de 1963, decidindo dessa forma a autonomia política do Distrito. Em 28 de fevereiro de 1964 o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou a Lei 8092, criando o município de Paulínia.
As primeiras eleições foram realizadas em 07 de março de 1965, tendo sido eleito Prefeito o candidato único do PSP (Partido Social Progressista) José Lozano de Araújo. Os primeiros vereadores, cuja função era voluntária, foram: Hélio José Malavazzi (presidente da Câmara pelos quatro anos consecutivos), Angelino Pigatto, Anízio Perissinotto, José Motta, João Beraldo, Hélio Ferro, José Improta, Mário Gervenutti Ferro e Orlando Trevenzolli. Em 4 anos Paulínia transformou-se: Tinha 6000 habitantes e uma renda per capita gerada (gerada pela Rhódia e outras empresas de menor porte) invejável: todas as ruas calçadas, isenção de impostos municipais para todos os habitantes, água encanada e rede de esgotos em todos os bairros, pavimentação das estradas de acesso, tendo sido construído o prédio da Prefeitura Municipal, que permanece até hoje.